Dancing Cheetah no Studio RJ

20 Oct

Avalanche Tropical no Rio

24 Jul


Sábado que vem tem festão na cidade com nossos irmãos da Avalanche.

Serviço:

Avalanche Tropical (Rio de Janeiro)
dia 30/07 – Sábado @ Espaço Acústica – Praça Tiradentes, às 23h
Produção: Projeto Seis

Line up:

Bien Warrior (Villa Diamante + Miss Bolivia) / Bonde do Rolê (DJ set) / Dago / Holger (DJ set)

R$20 antecipado
R$30 com nome na lista (em lista@projetoseis.com)
R$50 sem nome na lista

Para maiores informações, siga-nos no twitter: @projetoseis

Bonde do Rolê
http://www.avalanchetropical.com/bondedorole

Em 2005, Rodrigo Gorky e Pedro D’eyrot resolveram unir diversão e a vontade de produzir música e formaram o Bonde do Rolê. A banda logo começou a fazer sucesso na internet, atraindo a atenção de muita gente, principalmente fora do país. Depois de turnês e muitos shows pela Europa, Estados Unidos e até Japão, o Bonde retornou ao Brasil, onde excursionou durante 2009 e 2010, e, atualmente, está trabalhando no próximo álbum.

Dago

Dago começou a tocar como parte do Centro Cultural Batidão nas hoje lendárias festas na Generics. Depois, foi residente das festas Peligro (Milo Garage) e Brasa (Berlim). No final de 2008, juntou-se a outros parceiros para abrir o Neu Club, onde é residente da festa Explode, que acontece todas as sextas. Já tocou nos principais clubes de São Paulo e em diversas capitais do Brasil, além de ter se apresentado no Canadá, Chile e Argentina.

Holger
http://www.avalanchetropical.com/holger

Poucas bandas independentes brasileiras têm chamado tanta atenção quanto o Holger. Depois de fazer sucesso com Green Valley, um EP calcado no indie clássico, de shows por todo o país, junto de bandas como Dirty Projectors e Super Furry Animals, e festivais como o South by Southwest (EUA) e Pop Montreal (Canadá), a banda voltou aos estúdios em 2010 e de lá saiu com Sunga, o primeiro álbum do quinteto. O disco incorpora uma série de novos elementos ao som da banda: sintetizadores, percussão e muita ginga. E os shows estão mais insanos que nunca.

Bien Warrior

Miss Bolivia: http://soundcloud.com/miss-bolivia

Bien Warrior é o nome da união de dois ferinhas da nova música argentina para apresentações ao vivo. De um lado, Villa Diamante, um dos fundadores da ZZK, produtor e rei dos mashups cumbieros que já passou pelo Brasil algumas vezes e sempre quebrou tudo. Do outro, Miss Bolivia, Mc revelação da cena dancehall-cumbia do país. A dupla vem ao país pela primeira vez no final de julho e fica até o começo de agosto para apresentações nas festas da Avalanche Tropical.

 

Parabéns para a Macaca!

14 Jul

Cheetah 02 anos! É HOJE!

9 Jul


Dancing Cheetah não é apenas uma festa. É um reflexo de um mundo que explodiu antes de ser implodido. É a bússola sem o norte apontando para o sul, leste e oeste ao mesmo tempo. É o ataque do hacker sob forma de bombas sonoras talibãs. É o rugido amplificado do animal recém-libertado. É o uga-uga em forma de grave. É o transe tribal de uma sociedade cada vez mais engessada. É o cachimbo da paz disfarçado de fogueira. É o fogo. É o calor. É, acima de tudo, um abraço pagão da comunidade global derrubando o touro de Wall Street. Zeitgeist.

Christiano Calvet (designer) 

A Cheetah tem o duplo mérito de ser a festa do Rio que apresenta sons novos para um público novo sem ser didática e ainda fazer geral se acabar de dançar sem a babaquice imóvel e blasé que normalmente impera nas pistas mais concorridas do Rio. E onde mais ouvir cumbia e kuduro por aqui? Só golaço.
João Paulo Cuenca (escritor)

“Uma utopia que eu gostaria de ver acontecer é a aliança cada vez maior entre as periferias globais e os hipsters que habitam as cidades de todo o mundo. Acho que a Dancing Cheetah é um tubo de ensaio dessa utopia e mostra como o resultado pode ser promissor. Vou continuar desejando que a mistura preparada no laboratório da Dancing Cheetah torne-se cada vez mais contagiosa e explosiva e vá abrindo caminho para conquistar tudo.
Ronaldo Lemos (advogado especialista em direitos autorais, pensador sobre novas mídias e curador)

Gosto da idéia de mudar o mundo, de misturar mundos, gosto de gente que defende a humanidade, o indivíduo. Prioriza o múltiplo e o singular com unhas e dentes, é curioso com o acontece aqui, ali e lá na casa do cacete. O mundo é azul lá de cima pra todos. O precioso você encontra onde menos imagina. A Cheetah é isso – um ato politico. Um brinde ao plural!
Rodrigo Penna (ator e DJ)

Comecei a freqüentar as edições do Dancing Cheetah antes mesmo de conhecer os responsáveis pela festa.  Amigos meus, como Lucas Santtana, Edu K e Ale Marder, passaram pelas pickups da Cheetah, dividindo (como os outros DJs convidados) não apenas diversão, mas informação do que há de melhor sendo produzido hoje (nestes tempos de transição e limites na indústria da música). Não há dúvida de que o nome da festa está relacionado à idéia de qualidade e de troca de conhecimento, é o que penso, e acho que todos concordam. Na verdade, é o evento que mais me ensinou sobre música contemporânea desde que atraquei navios e cruzadas ao Rio.
Paulo Scott (escritor)

Eu entro na Dancing Cheetah penteada e saio descabelada, entro maquiada e saio sem os cílios postiços, entro de escarpin e saio de sandália rasteira, entro com a elegância de um gatinho siamês e saio com a extravagância da macaca. A Dancing Cheetah me desconcerta, quebra meu salto. Obrigada!!
Renata Pinheiro (jornalista) 

É fechar os olhos pra estar na primeira temporada da macaca, com o Sany Pitbull, na Matriz. Tantos porres memoráveis e tantas quartas chegando atrasado no trabalho. Por causa da Cheetah, eu amo tecnobrega, cumbia, João Brasil, El Remólon, Frikstailers, Banda Calypso e Carrapicho. Tenho um carinho pra lá de afetivo com as mixtapes, algumas eu publiquei em primeira mão, na Agemda, e andam todas comigo, no Blackberry. Ainda foi na Cheetah que eu conheci meu irmão Faroff, que fez toda a ponte pra gente criar a Bootie aqui no Rio. Fechei os olhos de novo e vi dois anões com um cavalo de pau fazendo festa na pista da Matriz. Essa, a bebida quase me fez esquecer. Tive que confirmar olhando as fotos na câmera. A Dancing Cheetah mistura informação e pesquisa musical a muito bom humor. Sou apaixonado pela macaca.
Fabiano Moreira (jornalista) 

Sobre a Cheetah, funciona pra mim como uma desbravadora de novos sons. John Peel disse: “I just want to hear something I haven’t heard before”. Eu vejo na Cheetah uma resposta pra essa frase.
Leo Hazan (Tecla Music Branding)

Pra mim a cheetah é sinônimo de tropicool.
Foi por ela que pela primeira vez ouvi o termo ‘globalguettotech’ e achei graça.
Foi por ela, também, que pela primeira vez pude cantar e dançar “Cartaz”, do Fagner – em público – sem medo de ser feliz.
Enfim, a macaca é minha BFF!
Vida longa à Dancing Cheetah!
🙂
Lucia Jaimovich (Tecla Music Branding)

Pedro Seiler e Chico Dub, desde sempre, são conhecedores e estudiosos do universo musical,  sendo uma referência pra mim há muitos anos. A Cheetah é uma das pouquíssimas festas no Rio de Janeiro que busca sair da mesmice mostrando aos seus freqüentadores novas sonoridades e musicas que jamais ouviriam se não fosse ali. Isso sem falar que a festa é uma curtição só!
Dancing Cheetah rules!
Paulo Sattamini (Tecla Music Branding)

Era uma vez uma macaca que resolveu não tapar os seus ouvidos. Afinal, ela sabia que tinha muitos frutos musicais bons por aí, esperando alguém colher. E a Dancing Cheetah, uma festa animal, foi lá em cima e desceu com a cesta cheia: eram cumbias, funks, reggaes e batidões de toda a parte. Verdadeiras delícias para quem vive cansado da mesma dieta de hits pop que infesta as preguiçosas pistas do Rio. Assim, nesses dois anos de vida alternativa, crescemos juntos com ela, nos divertimos com suas brincadeiras e aprendemos que não é só o peixe que nada contra a maré. Macaca esperta essa – merece uma banana pelo heroísmo.
Carlos Albuquerque a.k.a. Calbuque (jornalista e DJ)

A macaca é genial.
De personalidade forte, barulhenta e sacolejante, é humanamente impossível ficar indiferente a ela.
Sabe aqueles clássicos vídeos de chimpanzés gritando e mexendo como loucos? É exatamente isso.
Você ri, se diverte, fica intrigado, fascinado.
Porque a macaca é gestos e sons exóticos, mas também é inteligência!
Numa época onde a maioria é feita de grandes rebanhos seguindo para o mesmo caminho, a macaca veio na contra-mão, provocando todo mundo com sua música e arte. O chimpanzé com pincéis, papéis pintados e instrumentos musicais.
Um dos meus filhos é filho dela, o AJAX Disco Ataque (Filipe Mustache & Gustavo MM). E que só nasceu pelo enorme incentivo da Cheetah.
Mãe, te amo!
Filipe Raposo a.k.a. Filipe Mustache (publicitário e DJ)

A Macaca dança, ela pula e ela cresce sem parar!
Foi sensacional ver as pessoas se acabando na edição do OPEN AIR !!
Parabéns pelos 2 anos!!!
Renato Byington (D+3 Produções)

Por alguns motivos, sou assumidamente suspeito para falar da Dancing Cheetah. Primeiro porque comungo com o djs residentes da festa o prazer e o interesse por esse repertório de pista que acabou ganhando o nome de Global Ghettotech. Depois porque participei como convidado de algumas edições importantes da festa ao longo desses 2 anos. E para finalizar, porque a Cheetah acabou se tornando uma festa muito particular no Rio. Lembro de comentar com os meninos o meu espanto em ver um monte de gente dançando a noite toda um monte de músicas que não tocam nem na internet, hahahahaha. Embaladas apenas pelas síncopes eletrônicas dos sons da periferia planetária. É como eu sempre digo: Ghettotech varrendo!!! Parabéns Chico, Pedro e João!
Lucas Santtana (músico)

Outro dia estava na fila da Cheetah na Casa da Matriz, madrugada de quarta-feira, e um gringo perdido no Rio me perguntou: “Que tipo de som toca nessa festa?”. Expliquei um pouco a coisa das periferias mundiais, cumbia, guettotech, balkan beats e tal… Ele franziu a testa, fez um expressão de “ah, tá…” e entrou. Dali a uma hora encontro o sujeito saindo da pista pra pegar uma cerveja, com cara de quem tava se acabando seriamente. Ele olhou pra mim e berrou no meu ouvido: “I still dont know what the fuck these guys are playing, but its awesome”.
Vida longa pra macaca!
William Helal (jornalista)

Melhores momentos da Dancing Cheetah são todas as músicas que dancei, uma hora em Buenos Aires, outra hora em Luanda, no Vidigal, Londres, Belém… Não lembro se teve alguma música que eu não dancei, também não lembro de gente parada, não estou lembrando de muita coisa fora a música arrasadora!
Vivian Caccuri (sound artist)

Hoje, se eu pudesse comprar ações do mercado futuro de marcas culturais do Rio de Janeiro, faria uma aquisição pesada da Dancing Cheetah.
Luis Marcelo Mendes (vendedor e gerenciador de projetos)

I Cheetah
Suzana Trajano (produtora de festas)

Entrevista com Gaby Amarantos e DJ Waldo Squash

5 Jul



DC: Quando sai o disco afinal? O que vc pode adiantar em termos de conteúdo, produção, colaborações, etc.

GA: O disco sai no início do segundo semestre, provavelmente em setembro. E o conteúdo vai ser música paraense conversando com a música mundial, com a pegada eletrônica de sempre, mas com alguns passos novos para o tecnobrega. O disco tem a direção musical de Carlos Eduardo Miranda, produção musical e arranjos de Félix Robatto e batidas do DJ Waldo Squash. As composições são de vários compositores contemporâneos da música brasileira, regravações de ícones do brega e composições minhas.

DC: O tecnobrega é cada vez mais falado no Sudeste. Ao mesmo tempo, tenho lido notícias de que o gênero e o seu universo ainda sofrem preconceito no Pará. Li também que as aparelhagens não foram consideradas patrimônico cultural do Estado pelos políticos paraenses. O que vc tem a dizer sobre isso e o vc acha que falta para o tecnobrega conquistar de vez o Brasil?

GA: Sinto que é uma questão de tempo para o ritmo se tornar uma realidade popular, 
e o disco vai ser um grande divisor de águas na existência do tecnobrega. Fui muito feliz em ter o Miranda como mentor da união entre o Félix e o Waldo. 
Tive muita sorte com esse time.  As pessoas que ainda tem preconceito com o ritmo
 aqui no Estado questionam a falta de qualidade e a cultura de aceleração dos bits,
 o que distorce a música e deixa os timbres muito agudos. Até eu levei tempo para compreender que isso é uma forma característica dos DJ’s de aparelhagem e que deve 
ser respeitada. Esse novo trabalho que vamos apresentar mostra que o tecnobrega 
pode ser profissionalizado. Gravamos em um estúdio de verdade, com todos os recursos
 que o ritmo merece e esses DJ’s de periferia que são produtores e que fazem música 
sem ser músicos, nunca possuem recursos pra que o ritmo tenha a qualidade que deve ter.
 Mas esses garotos ensinam que o tecnobrega pode ser um agente tranformador, pois muitos
 deles poderiam estar nas ruas, envolvidos com todo tipo de problema social que existe na
 periferia, mas eles estão fazendo música, do jeito deles.

E sobre a não-patrimonização é um assunto delicado, mas acho
 que ficou muito feio pra quem renegou a sua cultura. O tecnobrega é uma realidade, é um estilo de vida. E cada dia que passa fica mais forte. E acredito que o processo vai ser de fora pra dentro. Sabe aquele papo de que santo de casa não faz milagre? Pois é, é isso que 
acontece, mas sinto grande mudança, porque fora do Pará o tecnobrega só faz ganhar mais
 status de novo estilo musical brasileiro.

Waldo Squash ao lado do seu parceiro de Gang do Eletro, Maderito


DC: Você está por dentro da cena global guettotech? Acha que o tecnobrega e o tecnomelody fazem parte desse universo musical?

WS: Pra começar, o tecnobrega e o tecnomelody são a mesma coisa. Eu particularmente prefiro o nome tecnobrega por que é a raiz de toda a coisa. Quanto ao global guettotech, com certeza o tecnobrega faz parte desse cenário musical. É uma musica de periferia na qual a massa, o povo da periferia de Belém, se identifica e curte de verdade.

DC: Suas produções tem sido apontadas como as mais inovadoras do tecnobrega/ tecnomelody. Quais os softwares que você usa para compor as faixas e o você tem mais escutado ultimamente?

WS: Graças a Deus, e por conta de anos de trabalho e estudo, pude colocar minhas ideias em prática. Venho tendo êxito no meu trabalho. Procuro sempre aprender um pouco de cada software para poder desenvolver melhor minhas idéias. Eu particularmente gosto de montar e finalizar os trabalhos no Fruity Loops, mas uso muito o Vegas e o Sound Forge para gravações e edições. E ainda existem algumas funções que são desenvolvidas com melhor 
resultado no Sonar. Costumo dizer que é bom conhecer vários programas por que cada um desenvolve funções de maneiras e resultados diferentes. Aí fica a escolha de quem está produzindo. No YouTube mesmo tem muitas video aulas sobre o Fruity Loops, é só pesquisar.

Quanto a gênero musical que gosto de ouvir, o brega, a cumbia, e os flashbacks são ritmos que não faltam no repertório do meu celular quando estou viajando.

DC: Quais são os planos futuros para a Gang do Eletro?

WS: Primeiramente, é finalizar o nosso 1° trabalho profissional (CD) para assim então dar prosseguimento. O projeto Gang do Eletro é uma mistura ousada do tecnobrega com os sons mais agressivos do eletrohouse, uma mistura que deu certíssimo em Belém.
 Quando o eletromelody toca a galera “pira”, sobem em cima do ombro uns dos outros para tremer (expressão muito usada na dança do eletromelody). Houve um tempo em que as autoridades locais proibiramas aparelhagem de tocar os eletromelodys pelo fato de muitas musicas falarem das equipes (fanclubes), o que não influenciou na expansão do gênero. Estamos na luta como qual quer outro artista, mas o mais importante é que fazemos 
aquilo que gostamos e nos divertimos com o que fazemos. Quando você trabalho com o que gosta, acaba fazendo com carinho. E nós procuramos sempre mostrar as nossas músicas com expressões verdadeiras, brincadeiras, gírias da periferia, muitas vezes usamos até o português errado. E é o que acaba deixando a musica mais interessante…


Saiba mais sobre a festa de 02 anos da Dancing Cheetah

El Timbe e o moombahton

28 Jun

Ricardo Muñoz, o El Timbe, é um catalão gente fina que me foi apresentado peloMaga Bo. A meu pedido, Timbe, um dos destaques do 3º dia do Sónar, escreveu para este blog um texto que passeia pelo festival de Barcelona, pelo estado atual da nova música latino-tropical e pelo moombahton.

Antes do texto, um pequeno parêntese. Moombahton é uma mistura de house, reggaeton e cumbia que nasceu quando um Dj americano chamado Dave Nada, para agradar ao público latino de uma de suas festas, reduziu drasticamente o pitch de seus discos de house. O resultado fez com as músicas soassem como reggaeton!

“Na edição deste ano do festival de música avançada Sónar (Barcelona), muita gente teve a oportunidade de ouvir, possivelmente pela primeira vez, a nova onda de ritmos tropicais que invade diariamente a nossa galáxia. O fato de terem sido escalados para um festival de novas tendências – porém extremamente diversificado -, é prova total do poder que esses ritmos tropicais possuem. Há 8 anos atrás, no mesmo Sónar, graças ao seu precursor na Espanha, o Carlos Casaseu tive meu primeiro contato com essa pegada, no caso, o gênero mais selvagem do Brasil, o baile funk.  Mas este ano, o pessoal do Sónar se atreveu a ir ainda mais longe. Moombahton é um dos gêneros que deve começar a estabelecer-se mais firmemente no underground da nova música tropical. Ainda é preciso ver se o estilo, liderado pelo holandês Munchi, será um fogo de palha (como muitos outros), ou se irá funcionar como um marco para esta geração. Na minha opinião, quero que o moombahton esteja conosco por um longo tempo, se transformando em mil e uma mutações, assim como aconteceu com vários outros estilos de música eletrônica. O fato de que realmente não existe uma cena de moombahton em algum lugar específico no mundo, mas sim em diversos lugares que aparentemente não tem ligação cultural alguma, significa que este estilo tem reais conotações globais. E isso é interessantíssimo! Viva!”

Ouça a última mix do El Timbe, toda ela dedicada ao moombahton.

Dancing Cheetah – festa especial de 02 anos!

24 Jun

No dia 09 de julho, no Cabaret Kalesa, a festa de global guettotech (ritmos eletrônicos de periferias globais) Dancing Cheetah realiza uma edição especial em comemoração aos seus 02 anos de vida. A partir das 23 horas, os Djs residentes Chico Dub e Pedro Seiler recebem, diretamente de Belém do Pará, a musa do tecnobrega Gaby Amarantos, e o DJ Waldo Squash, produtor mais importante do gênero atualmente.

Primeira festa nacional dedicada a música contemporânea produzida nos países latinos e africanos, a Dancing Cheetah nos últimos 2 anos tem contribuído para a disseminação de uma cultura pouco difundida no Sudeste do país e que geralmente sempre sofreu preconceito. Hoje, a Cheetah é uma referência no Brasil, tendo inclusive influenciado o nascimento de festas semelhantes no Brasil. 

___Sobre Gaby Amarantos e Waldo Squash___

Gaby vive com total consciência o processo de fixar uma identidade à qual o resto do Brasil ainda não está acostumado (talvez nem o próprio Norte do país esteja), a do artista brasileiro firmemente ancorado em suas origens indígenas. Gaby Amarantos é a artísta brasileira que mais entende de identidade neste início do século 21.
Pedro Alexandre Sanches

Em 2000, Gaby Amarantos caiu nas graças do brega se tornando uma pop-star da música paraense, recebendo grande reconhecimento por conta de sua banda, a Tecno Show. Através do tecnobrega, Gaby, apelidada de “A Beyoncé do Pará”, já participou do Fantástico, Altas Horas, Caldeirão do Huck e Domingão do Faustão. É sem sombra de dúvida o nome mais conhecido do tecnobrega, tendo tocado inclusive na posse da presidente Dilma.

Gaby se prepara gravar seu primeiro CD solo com a direção musical de Carlos Eduardo Miranda. O disco terá misturas de tecnobrega com ritmos como carimbó, guitarrada, bangüê, samba de cacete e reggaeton, gerando uma musicalidade única no país e no mundo.

O DJ Waldo Squash é o produtor mais inovador do tecnobrega. Seja em produções próprias ou nas bases para músicas da própria Gaby Amarantos, Waldo criou uma mistura entre o tecnobrega e o eletro. O ritmo, batizado de eletromelody (ou tecnomelody), dialoga com o movimento internacional global guettotech e apresenta composições sobre a realidade dos subúrbios de Belém. Waldo Squash também está a frente grupo paraense Gang do Eletro, surgido em 2008, e que também conta com Marcos Maderito. A Gang tem atraído a atenção da mídia, sendo citado em veículos de imprensa como Rolling Stone Brasil e Billboard.


João Brasil presents DJ Waldo Squash

Tracklist:

1 – Vou passar o sal (Melô do Ipitipiti) (c/ Gang do Eletro)
2 – Eletromelody Abracadabra
3 – Pitch Bull (c/ Gang do Eletro)
4 – Eletromelody da Francesinha
5 – Ai ai ai do príncipe
6 – Tecno-Cumbia Colombiana
7 – Capetinha da night (c/ Banda Eletro Hits)
8 – Mastigando Humanos (c/ Daniel Peixoto)
9 – Tecno-Cumbia do Moraes
10 – Eletro Meninos do Pop

Guerreiro Africano

17 May

Matéria que o Calbuque escreveu ontem no Globo

Biografia do músico e ativista nigeriano Fela Kuti ganha edição nacional

RIO — O nome de batismo era Olufela Olusegun Oludotun Ransome-Kuti. Mas para os amigos, as 27 mulheres e os muitos inimigos, ele era apenas Fela Kuti. Maior nome da música africana, criador do afrobeat, visionário e transgressor, amado e perseguido até a morte, por Aids, em 1997, aos 58 anos, ele viveu uma história de excessos, que se refletia não apenas em suas hipnóticas canções de mais de 20 minutos, mas também na relação com o público e as autoridades do seu país, a Nigéria.

Essa trajetória, que poderia render em Hollywood um épico sobre poder, racismo, sexo, violência e espiritualidade, gerou, em vez disso, uma fantástica biografia — “This bitch of life”, escrita pelo cientista político e escritor cubano Carlos Moore —, um musical de sucesso na Broadway — “Fela!”, produzido pelos astros Jay Z e Will Smith — , e um processo entre eles. Nessa ordem de entrada em cena.

— O que acontece é que fizeram o musical inspirado no meu livro e só quando ele ficou pronto é que vieram entrar em contato comigo, pedindo autorização — conta Moore, radicado há dez anos em Salvador, na Bahia, onde supervisiona a edição em português do livro, que chega às lojas em junho, com o título “Esta puta vida” (Editora Nandyala). — Acho que pensaram que eu estava morto ou esquecido em algum lugar. E, claro, não concordei com a forma como isso foi conduzido, nem aceitei o dinheiro que me ofereceram para um acordo forçado.

Com prefácio de Gilberto Gil, “Esta puta vida” narra a trajetória de Fela na primeira pessoa, pelas suas próprias palavras. Isso foi o resultado das mais de 15 horas de entrevistas e conversas entre o autor e o músico, tanto na República Kalakuta — a desafiadora co$alternativa criada por ele em Lagos, onde vivia com seus amigos, músicos e esposas — como em Paris, onde os dois se encontraram durante uma excursão de Fela, em 1981.

— Conheci Fela em 1974, quando fui convidado para organizar um festival de música, que teria Stevie Wonder como atração — lembra Moore. — Desde então, cobrava dele essa biografia, para que sua trajetória fosse conhecida. Mas ele sempre foi relutante. Dizia que só queria falar para o povo africano, que não tinha interesse no Ocidente. Ele acreditava que sua música falava por ele. Era muito oral, na tradição do continente, e prezava apenas a mensagem da boca para o ouvido. Nada mais.

Duelos constantes com as autoridades
No começo de 1981, porém, quando morava e lecionava em Paris, Moore foi surpreendido por telefonema de Fela, dizendo que estava, finalmente, pronto para falar.

— Ele me disse para pegar o próximo avião e encontrá-lo em Lagos. Foi o que fiz. Quando cheguei lá, encontrei Fela completamente deprimido com a morte da mãe, a ativista Funmilayo Ransome-Kuti, que tinha sido jogada da janela durante uma invasão da Kalakuta pela polícia, algum tempo antes. Ele achava, com razão, que os militares, que já o tinham aprisionado várias vezes, queriam matá-lo e estava se tornando obcecado com isso. Segundo ele, foi a própria Funmilayo quem apareceu em um sonho e disse para ele tornar pública a sua história.

Moore passou, então, semanas com Fela, que tinha se tornado ainda mais desafiador das autoridades, tendo reconstruído a comunidade, dessa vez em pleno gueto, além de ter tentado se candidatar à presidência do país. No local, teve contato direto com o mundo à parte em que o músico vivia.

— Diferente da primeira Kalakuta, que ficava numa área remota, a nova ficava no centro do gueto, como se fosse dentro de uma favela, de modo que se os militares $uma nova invasão, teriam que passar pelo meio do povo, que idolatrava Fela — explica Moore. — Ali, ele criou um país à parte, cujas leis eram feitas por ele. Fela era um idealista, mas era ingênuo também. Acreditava que os espíritos iam ajudar o povo africano a se levantar contra os governos corruptos. Só não conseguia dizer como isso ia acontecer de fato. No lugar, ele também guardava todo o seu dinheiro, já que não queria contribuir para um governo que considerava, com razão, corrupto e autoritário. Aliás, um dos motivos dos ataques a ele feitos pelos militares era roubá-lo

As mulheres de Fela — que renderam um capítulo à parte na biografia, intitulado “Minhas rainhas” — foram entrevistadas pelo autor na segunda bateria de entrevistas com o músico, feitas em Paris, alguns meses depois.

— Todas elas ganhavam um salário e trabalhavam dentro da comunidade. Quando havia uma briga entre suas mulheres, ele mesmo fazia um julgamento e decidia quem era a culpada. Mas naquela época, ele já estava totalmente paranoico e com mania de perseguição. Não queria comer, nem beber nada no hotel em Paris e dizia que estava ouvindo vozes. Eu falei para ele procurar ajuda, mas Fela não me deu atenção.

Como recorda Moore, Fela contraiu Aids em 1986, durante um dos seus períodos na prisão, ao receber uma visita “íntima”.

— Ele pegou Aids quando quase ninguém sabia o que era isso, principalmente na África. Como era forte, passou anos sem apresentar sintomas. Quando eles finalmente surgiram, em 1995, ele desprezou o atendimento médico, já que acreditava que os espíritos iam protegê-lo. Fela tinha convicção de que era imortal e ver como sua obra entrou para a História quase nos faz acreditar nisso — afirma o escritor. — Ironicamente, quem anunciou sua morte ao público foi o seu próprio irmão mais velho, Olikoye Ransome-Kuti, que havia se tornado um ativista contra a Aids na África.

João Brasil apresenta DJ Waldo Squash

16 May

Nosso João Brasil tem deixado a gringalhada louca com os tecnobregas que tem tocado. Por conta disso, o pessoal do blog Guetto Bassquake e da festa Secousse, encomendou a ele uma mixtape com o que o gênero tem de melhor. Em resposta, João resolveu juntar apenas músicas do Waldo Squash, produtor da Gang do Eletro e dono dos bregas mais inovadores de Belém do Pará.

João Brasil apresenta DJ Waldo Squash

1 – Vou passar o sal (Melô do ipitipiti) (w/ Gang do Eletro)
2 – Eletromelody Abracadabra
3 – Pitch Bull (w/ Gang do Eletro)
4 – Eletromelody da Francesinha
5 – Ai ai ai do príncipe
6 – Tecno-Cumbia Colombiana
7 – Capetinha da night (w/ Banda Eletro Hits)
8 – Mastigando Humanos (w/ Daniel Peixoto)
9 – Tecno-Cumbia do Moraes
10 – Eletro Meninos do Pop

Sabor Sonidero

14 May


Dono do Soundgoods, o alemão Wolfram Lange, o Wolf, é responsável por algumas das mixtapes mais legais de sons periféricos. Sua grande diferença em relação aos outros é a originalidade de sua pesquisa. Explico. Wolf viaja bastante pelo globo. E por conta disso, consegue encontrar “músicas virgens” na blogosfera, verdadeiros petardos garimpados in loco nos camelôs e feiras mais quentes da Argentina, Angola e México.

Sabor Sonidero disseca a cumbia mexicana (ou sonidera). É como se fosse a cumbia villera (Argentina), mas com beats ainda mais lentos, longas partes instrumentais e vozes e vinhetas cheias de efeitos.

Sabroso!

http://official.fm/tracks/250083

Soundgoods – Sabor Sonidero Mixtape

01. Grupo Maravilla De Robin Revilla – Viva Mexico
02. Grupo La Cumbia – Yambao
03. Robotica
04. Estrellas De La Kumbia – Cumbia Aventura
05. La Cumbia Dance – Real Cumbia Dance
06. La Cumbia Torera
07. Grupo Majezza – La Cumbia De Los Puchikas
08. Princesa Talibana
09. Sonido Santana – Cumbia De Los Efectos Especiales
10. Lo Que Traje De Colombia
11. Los Cholos Tambien Lloran