Além da DJ Vivi Caccuri, a próxima Dancing Cheetah, nesta terça, dia 31, terá como convidada a festa de música dos Balcãs Go East, das DJs Maria Almeida e Sol Provvidente.
Os Balkan Beats e o Leste Europeu.
Os balkan beats são muito mais do uma cena musical: trata-se de um fenômeno continental, que começou quando o muro de Berlin caiu e uma enorme influência cultural veio do leste europeu para a Europa Ocidental e desde então vem ganhando força.
O que começou como reuniões musicais de imigrantes vindos ‘do outro lado do muro’, na Berlim do início dos anos 90, acabou ganhando proporções inimagináveis e espalhou-se como febre por toda a Europa Ocidental. Os ritmos típicos de diversos povos do leste europeu – eslavos, ciganos, judeus, orientais – ganharam uma cara nova, mixados com o drum’n’bass, dub, break, electro e, inclusive, com o rock. O resultado dessa fusão de som acústico e tradicional com o eletrônico e moderno foi uma música completamente nova e explosiva, capaz de seduzir com as mágicas melodias orientais até os mais entediados ouvidos ocidentais.
Nos últimos anos, essa ‘balkan fever’ se espalhou com uma rapidez absurda: artistas, bandas, festas e festivais dedicados aos balkan beats surgem da França ao Japão, dos Estados Unidos à Argentina, levando o espírito explosivo e de celebração louca do leste europeu para os clubes de todo o mundo.
Nos últimos anos, eventos musicais exclusivamente dedicados aos Balkan Beats são encontrados espalhados por todo o mundo. Na Alemanha, algumas das festas mais populares nessa linha são a “Balkan Beats” (com edições também no Reino unido e França), produzida por Robert Šoko, e a “Russendisko”, do produtor musical e escritor Vladmir Kaminer; na França, a “Divan des Balkans”, produzida pelo DJ Click; a “Nuit Tzigane”, de origem Belga; o “Mehanata”, nos EUA, em New York e, na América Latina, o festival “Bubamara”, na Argentina.
Go East, a festa.
Aqui no Brasil, os balkan beats só estão chegando por agora. Isoladamente, alguns DJs de “world music” começaram a incorporar nos sets algumas faixas balcânicas, mas até a primeira edição da festa Go East (em Novembro de 2007) não havia um único evento 100% dedicado ao eletrônico do leste europeu.
Muito mais que uma festa de música eletrônica, a Go East – produzida por Maria Almeida e Sol Provvidente, em parceria com Raoni Martins – veio trazer novos ares para a cena musical brasileira. Filmes e DJs do leste europeu, danças folclóricas e orientais, live PA e distribuição de vodka e bebidas típicas fazem da Go East mais do que uma simples festa: um evento cultural
Sempre em busca de novidades para a festa, as produtoras da Go East vão todo ano à Europa e Balkans, para pesquisar mais sobre a música e cultura da região e para conhecer bandas e artistas locais.
Para o futuro, as produtoras da Go East pretendem ir mais longe: querem criar uma cena forte como a da Alemanha, Áustria e França, contando com a presença de cada vez mais freqüente bandas, parcerias de festas e festivais e promover também um intercâmbio entre artistas brasileiros e do leste europeu.
— 5 grandes momentos da música dos Balcãs —
Disko Partizani, do Shantel, um dos maiores hinos da Cheetah
Sahib Balkan, do Buscemi. Essa aí deveria ser hino de qualquer festa que se preze!
Fanfare Ciocarlia, a maneira mais fácil de catequizar alguém na música dos Balcãs!
Underground, do Emir Kusturika, filme obrigatório. A triha é do próprio Kusturika e de sua No Smoking Band
Gogol Bordello e o punk cigano. Um dos shows mais explosivos e “pogueiros” que você pode ver na sua vida.
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